Primeiro de tudo o que é o doping? Doping é caracterizado pelo uso de substâncias que podem alterar a resposta do corpo frente a um estímulo. Normalmente antes de uma competição, principalmente em modalidades do Esporte tradicional, isso está previsto no regulamento, onde devem constar as substâncias proibidas de utilização pelos competidores sob pena de desclassificação.
Nos esportes eletrônicos não deveria ser diferente. A gente sabe que é um cenário movido à base de energéticos e bebidas estimulantes, afinal, não é fácil passar horas em frente a uma tela respondendo a estímulos e tomando decisões rápidas e estratégicas, mas se popularizou também, infelizmente, o uso das chamadas drogas sociais, que mantém os atletas mais horas acordados com a falsa sensação de que, essas horas a mais farão a diferença em seu desempenho profissional.
Em março de 2015, o jogador de Counter Strike Kory Semphis Friesen, admitiu em uma entrevista que ele e toda sua equipe utilizaram a droga “Adderall” para melhora de performance. A substância que foi tema de um documentário da Netflix, é estimulador de funções cognitivas, geralmente usado no tratamento de déficit de atenção/hiperatividade.
Esse tipo de remédio, como a ritalina no Brasil, é usado para aumentar a concentração, diminuir o tempo de reação e melhorar os reflexos do usuário, o que em jogos como o CS:GO é uma vantagem considerável.
Há também quem tenha confessado o uso de medicamentos para emagrecer, pois assim, além do tempo sem sono, passava mais tempo sem fome, não precisando interromper o treinamento para se alimentar.
Depois da confissão dos atletas, entidades como ESL (Eletronic Sport League) e a MLG (Major League Gaming) anunciaram que realizariam movimentações para proibir o uso de substâncias ilícitas. Em 2017, após sucessivas solicitações das organizações mais antigas do cenário, a Riot Games passou a estudar a implementação de controle de dopagem dos cyberatletas, ideia que até hoje não foi desenvolvida.
Ou seja, não fica clara a questão do doping para os esportes eletrônicos, principalmente enquanto as competições permanecem sem embates presenciais até certa fase da competição.
No entanto, com a volta e crescimento das competições presenciais, além da possível inclusão dos esports no rol de esportes olímpicos, a tendência é que se aplique aos esports a lista de substâncias e métodos proibidos do código mundial antidopagem.
Por isso, é importante que você já tenha previsto em seus contratos cláusulas sobre o que será considerado doping e as consequências dessa prática pelo atleta.
Não tem essa previsão em seu contrato nem sabia que precisava ter? Então entre em contato através do botão de WhatsApp disponível em nosso site que um de nossos advogados irá te atender.
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