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  • Foto do escritorKaroline Hoffmann

Por que o influencer precisa ter seu próprio advogado?

Atualizado: 6 de out. de 2022


O caso do influencer “Luva de Pedreiro” abriu o debate sobre os contratos oferecidos por agências e empresários a criadores de conteúdo que se tornam celebridades da noite para o dia.

O fato “da noite para o dia” é muito importante para esse texto e vou te explicar o motivo. Um criador de conteúdo que se torna celebridade rapidamente na maioria dos casos é alvo de um bombardeio de ofertas e com elas papéis e mais papéis, extensos e em uma linguagem robusta, conhecidos como contratos.

Esses contratos, na maioria das vezes também, beneficiam quem os redigiu, ou seja, beneficiam as empresas que buscam campanhas e, porque não, a agência ou empresário que se apresentou na hora certa para assessorar a carreira meteórica do criador de conteúdo.

Uma coisa é certa, nessa sistemática, em algum momento, a coisa vai ficar bem ruim e adivinha para quem? Isso mesmo, para o criador de conteúdo celebridade ou o influencer newborn.

Mas como prevenir isso? Bem, a agência ou empresário normalmente virão com toda a estrutura montada por eles. E aqui não estou condenando isso. Eu mesma sou advogada de algumas agências que possuem em seu core business a assessoria para criadores de conteúdo influentes oferecendo uma rede de profissionais como social media, designer, fotógrafo, editor de vídeo e jurídico.

Acontece que a estrutura dessa rede de profissionais é mantida pelo comissionamento pago à agência ou empresário e nem sempre observará o benefício total do influencer. O jurídico, por exemplo, pode dizer que um contrato com uma marca é completamente prejudicial ao criador de conteúdo, mas não terá voz para dizer não à marca, cabendo a quem aproximou as partes de fato fazer esse meio de campo e optar por manter a contratação ou não, ou seja, ao empresário/assessor.

O certo, então, seria o criador de conteúdo ter sua própria assessoria jurídica que irá orientar sobre as propostas e contratos apresentados diretamente. Sem esconder os riscos x benefícios.

Mesmo advogando para agências, defendo que cada criador de conteúdo deve ter seu advogado de confiança. Aquele com o qual terá a conversa franca e sincera sobre os próximos passos de sua carreira a fim de obter a segurança jurídica no caminho. Um advogado que seja estudioso do meio de criação de conteúdo e marketing, então, é o mundo ideal do criador de conteúdo. [Isso existe! Olha eu aqui!]

Sabendo dessa deficiência no mercado venho acompanhando carreiras com crescimento exponencial em uma relação direta de confiança e apoio com criadores de conteúdo que consequentemente passaram a exercer marketing de influência.

Passam pelo meu pente fino de análise de um contrato, por exemplo, a clareza no objeto do que foi contratado, os limites do uso da imagem, o período de exclusividade, multas rescisórias, como será feita gestão de incidentes entre outros pontos específicos à campanha negociada. O criador de conteúdo deve estar confortável e seguro para desempenhar da melhor forma possível a fim de converter no resultado esperado pela marca.

Posso estar sendo repetitiva, mas na maioria das vezes os contratos são apresentados com texto muito subjetivo o que me remete ao entendimento de duas possibilidades, a de que a marca contratante não tem uma estratégia clara para a campanha de marketing de influência ou que está preparando terreno para pedir algo a mais sem pagar. Seja qual for o objetivo, isso, aqui, não passa.

Se você é criador de conteúdo ou conhece alguém que seja e está convertendo sua imagem em influência, encaminhe esse texto. Tenho certeza que vai ajudar na segurança da carreira promissora que vem pela frente. E se você gostou e quer conversar comigo procure uma das formas de contato. Vou adorar bater um papo e conhecer suas metas como influencer.

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